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O sofrimento de uma vida sem a Cruz

É do Sacrifício de Cristo na Santa Cruz que a Igreja se nutre e se apoia. Sem a Cruz, a Igreja fica raquítica e desnutrida. Quando se retira a Cruz, há uma terrível queda moral e espiritual, que molda os homens para viverem em função de uma ideia de prazer hedônico, cego, pervertido e utilitarista.

A Cruz é o sofrimento com sentido, um sentido divino e transcendente. Afastar-se da Cruz é perder o significado da dor de amor, e portanto, da própria vida humana. A consequência de uma Igreja sem Cruz é o homem desfigurado. Quando nos aproximamos da Cruz tornamos Sagrado o sofrimento, nos disponibilizamos a sofrer por algo que valha a pena, ou que valha a vida. Nosso querido Dom Henrique Soares rezava:

“Senhor, que eu empregue a minha vida em uma causa que valha a pena”.

Não se preocupava se seria com ou sem sofrimento, estava disposto a sofrer pelo que valesse a pena. Por isso, o rosto de Dom Henrique não era desfigurado, mas configurado ao de Cristo na Cruz.

Sem a Cruz, caímos terrivelmente no pecado da acídia. Como suportar todos os males, doenças, traições, a morte, as faltas e incompletudes de nossa existência sem descrer na santidade? Só a Cruz pode dar sentido a tudo isso. A redenção dá perfeito sentido à vida e à morte. 

O ser humano é necessitado de encontrar um sentido para seu sofrimento, e encontramos esse sentido na Cruz. Quando não encontramos algum sentido para a inevitável dor de viver, acabamos por viver somente a imaginar como fugir da dor. E, como nos ensinam os Padres do deserto, dar asas à imaginação é dar armas ao demônio. Ao invés de viver tentando fugir, devemos tomar uma posição de enfrentamento perante a dor de viver, encontrando um sentido para essa dor.

Sem a Cruz, acabamos por cair nas atitudes mais antiéticas possíveis. Sempre que houver ocasião, o homem para quem a dor e os males não fazem sentido, fará de tudo para minimizar seus problemas. Na Cruz, e só nela, encontramos a verdadeira ética. As demais são imperfeitas quando comparadas com a ética da Cruz.  Sem ter em vista o Sacrifício Salvífico de Cristo, caímos em um lamaçal chamado individualismo, fugimos de quem somos e da nossa vocação, que é sempre a doação. Neste lamaçal, já não há lugar para a verdadeira doação de amor, mas só para ações interesseiras movidas pela auto-satisfação.

Assista nosso aulão número 2 e aprenda mais sobre o verdadeiro amor:

https://www.youtube.com/watch?v=huZft0kXd3c

Em contraposição deste mundo que nos manda esquecer da Cruz, Cristo nos chama à aceitá-la:

“Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: ‘Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me’.” São Mateus 16, 24

A passagem deixa claro: a vida da Cruz é contrária à vida egoísta. Ou renunciamo-nos e tomamos a Cruz ou a rejeitamos e caímos no sofrimento de uma vida pela qual não valha a pena se doar.

Com o auxílio da graça devemos buscar amar a Cruz, essa é a nossa meta. Para nós — e para todos —, não há outro caminho.

Referências:
Cosmogonia da Desordem- Sidney Silveira
O sofrimento de uma vida sem sentido- Viktor E. Frankl

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