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O que é castidade?

Para começar falando sobre o que é a castidade, devemos primeiramente entender o que ela não é.

A castidade não é uma “negação do prazer”, não é uma abstinência de sexo e não é algo só para Padres e Freiras. Todos nós em qualquer idade e estado de vida devemos viver a castidade.

Você pode estar se perguntando: “Mas como assim? E os casados?”

Bom, eles também devem viver a castidade, porque novamente, a castidade não é uma simples abstinência de sexo, ela é vivida de formas diferentes em cada idade e em cada vocação específica, o que significa que a castidade que celibatários vivem é diferente da castidade que noivos vivem, e esta por sua vez, também é diferente da castidade que cônjuges vivem.

Por exemplo, a castidade que namorados e noivos vivem nutre um afeto um pelo outro e ambos sabem que a relação sexual irá acontecer apenas depois do casamento; os cônjuges vivem a castidade sendo fiéis um ao outro e abertos à vida, ou seja, sem utilizarem nenhum meio artificial que impeça a vinda dos filhos (contraceptivos, preservativos, DIU, vasectomia etc); já os celibatários não tem relações sexuais, mas isso não significa que vivem uma simples abstinência de sexo, pois uma pessoa pode não ter relações mas consumir pornografia, o que também é um pecado contra a castidade, o celibatário vive a castidade como o próprio Cristo viveu, não teve esposa nem filhos, viveu uma entrega total pela Igreja e pelo próximo.

A castidade é a ordenação dos nossos sentidos para o Amor. E o que é o amor, ou melhor, Quem é o amor?

Quando olhamos para a Cruz, estamos olhando para a maior prova de amor que nos foi dada: a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Com isso, entendemos que amor é sacrifício e não uma busca incansável pelo prazer, o que infelizmente é muito comum hoje em dia

Como São João Paulo II falou em uma de suas encíclicas, estamos colocando as coisas no lugar das pessoas e as pessoas no lugar das coisas, ou seja, enquanto amamos coisas materiais, usamos as pessoas como objetos.

Em uma realidade assim, as coisas santas são deixadas de lado, tornando comum a falta de entendimento das pessoas em relação ao verdadeiro significado da castidade, gerando a visão deturpada que citei no começo do artigo: “negação do prazer”, “abstinência de sexo”, “não é pra mim”. 

Enquanto isso, a libertinagem sexual se torna algo normal por ser comum, resultando na sexualização precoce de crianças, maior quantidade de viciados em pornografia, relacionamentos instáveis e consequentemente aumento no número de divórcios, entre outros.

O sexo, sendo algo bom e criação de Deus, perde seu sentido e se torna um meio egoísta de alcançar o próprio prazer usando uma outra pessoa e descartando-a logo em seguida.

Viver a virtude da castidade não é algo fácil, isso sabemos, exige de nós esforço, luta constante contra nós mesmos, oração e mortificação, mas nada do que vale a pena ganhamos com facilidade. Depois da Cruz vem a Ressurreição e veremos que tudo terá valido a pena. 

Finalizo esse artigo com palavras de São Josemaria Escrivá: 

“Comparo esta virtude a umas asas que nos permitem propagar os preceitos, a doutrina de Deus, por todos os ambientes da terra, sem temor a ficarmos enlameados. As asas – mesmo as dessas aves majestosas que sobem mais alto que as nuvens – pesam, e muito. Mas se faltassem, não haveria voo. Gravai-o na vossa cabeça, decididos a não ceder se notais a mordida da tentação, que se insinua apresentando a pureza como uma carga insuportável. Ânimo! Para o alto! Até o sol, à caça do Amor” (Amigos de Deus, n. 177).

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