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O erro do argumento “love is love”

Observa-se que, de uns tempos para cá, a humanidade tem buscado com ardor um embasamento científico para tudo que o cerca. Desvalorizamos a filosofia e a metafísica em favor de um “cientificismo” cego. Independente de o que diga, se for um cientista falando, é considerado quase que crime discordar. 

 Por isso, confesso que não foi fácil para mim escrever este artigo, são tantas confusões que mal sabia por onde começar. Mas, rezo para que Deus ilumine as nossas inteligências e também traga a simplicidade e a clareza para as nossas vidas. Além do mais, se mal sabemos definir o anseio mais simples e natural do homem — o amor — algo está errado.

A expressão “love is love” (amor é amor) é usada por pessoas que querem justificar as suas atrações sexuais por pessoas do mesmo sexo usando o argumento de que: isso é amor. E como somente essa afirmação não possui tanta força, eles ainda complementam que esse “amor” faz parte da sua formação genética. 

Primeiramente, precisamos entender que assim como a verdade, o conceito de amor não é definido por uma convenção de pessoas, por votação da maioria ou algo do tipo. Além do mais, se realmente fosse dessa maneira, você precisa concordar comigo: estaríamos perdidos. Imagine se os grandes líderes mundiais convocassem uma votação para definir o que é o amor e os pedófilos fizessem um mutirão e vencessem? Parece ilusório e distante, mas é assim que as pessoas tentam definir as verdades que norteiam a vida do ser humano. 

Um erro continua sendo um erro por mais que a maioria das pessoas o estejam cometendo. E o grande erro da concepção moderna de amor é rebaixá-lo ao nível da atração e sentimento. 

O amor não deve ser rebaixado a esse nível. Além do mais, as emoções humanas são passageiras, uma hora estamos alegres, mas em questão de minutos, podemos ficar tristes se recebemos uma má notícia, por exemplo. Podemos até estar perdidamente apaixonados por alguém, mas se essa pessoa revela um lado que não conhecíamos, todo esse sentimento pode se dissipar como a fumaça

Diferente dos sentimentos, atrações e emoções, o amor é uma decisão! Quando afirmo isso, estou querendo dizer que, por ser uma escolha, o amor está enraizado na permanência, naquilo que fica quando a fumaça se esvai. 

Mais do que um sentimento, o amor escolhe abraçar o outro na sua totalidade, superando as idealizações que podemos ter. 

É muito fácil para um casal de namorados falar que eles se amam profundamente nos primeiros meses de namoro. Difícil é afirmar isso quando os sentimentos não estão mais à flor da pele, já se passou aquela ideia de que o parceiro é perfeito e se conhece melhor o parceiro e seus defeitos. 

Com isso, não estou querendo dizer que o sentimento e a atração não sejam importantes, de fato, eles são! Mas, a questão é que, o amor não se encerra nisso, o amor é muito maior que tudo isso! 

Por isso, a afirmação do movimento “love is love” é um erro. Ela rebaixa o homem aos seus extintos, como se ele fosse um animal. Os animais não conhecem amor ou verdade, eles são movidos somente pelos seus extintos, não existe racionalidade na constituição do seu ser. De fato, o homem até pode se rebaixar a esse nível e se comportar da mesma forma que os animais, mas isso não nega o fato de que somos seres racionais, que podem ser movidos pelo intelecto e não pelos extintos. 

Você nunca verá um cachorro sacrificando a sua própria vida por alguém, mas existem inúmeros exemplos heróicos de homens e mulheres que negaram a si mesmos e abraçaram a sua cruz. 

Essas tendências humanas também não podem ser justificadas por genética. Esse argumento é ruim. Por exemplo, o alcoolismo pode ter um embasamento genético, mas com isso não se deve concluir que os alcoólicos devam necessariamente beber muito. Se eles têm a noção de que a bebida pode ser prejudicial, eles podem ter a força e a liberdade de se privarem disso. Sendo assim, não podemos meramente olhar para fatores genéticos para aprovar ou não os comportamentos humanos. 

Por fim, o grande erro daqueles que justificam a sexualidade com a frase “amor é amor” é, justamente, não saberem o que é amor.

 

Espero ter ajudado. Que Deus nos dê a graça da vivência do verdadeiro amor!

 

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